Quebre resistências

Depois de realizado o cumprimento, seja ele formal ou informal será dado início a fala, todavia não é hora de defender seus argumentos. É necessário fazer com que o seu ouvinte se interesse por você, pela suas ideias e por aquilo que irá argumentar.

Não raro as pessoas dizem o o nome é já vai direito ao assunto. Esta não é a forma ideal. É necessário encantar o seu ouvinte e pra isso nos temos algumas técnicas e dicas de como fazer. É importante ressaltar que este por ser o momento mais crítico no qual as pessoas ainda não se acostumaram com você, não conhece o timbre, sua entonação e o ritmo da sua voz é importante que você mantenha a calma e, sobretudo fale devagar.

A pergunta que você deve estar querendo me fazer é "Como manter a calma nessas horas?". Eu lhe Respondo, primeiro é aprender a trabalhar a respiração nos moldes do vídeo exposto na "aula cumprimento", segundo é a preparação, se você se preparar adequadamente o nervosismo pode aparecer mas será administrado porque você, de acordo com a nossa técnica saberá exatamente o que fazer, todavia ir para uma apresentação acreditando que uma luz divina irá brilhar sobre a sua cabeça é um risco que pode e deve ser evitado. Se você acreditar nisso e não fizer o dever de casa o nervosismo não só irá aparecer como também irá te consumir e provavelmente você irá travar, congelar e enrolar palavras.

Outra informação que não pode ser desmerecida é a de que a forma como você irá cumprimentar o seu ouvinte deve ser treinada, praticamente decorada. Caso contrário você não terá tempo para investir no seu sorriso, no ritmo e na entonação. O seu cérebro se preocupará em buscar palavras e ideias. Se essas informações já estiverem concatenadas você se dedicará a dar ênfase aos seus gestos e no contato visual com o ouvinte o que de fato é crucial nesse primeiro momento.

Igual cautela merece a análise do seu público e a harmonização do seu vestuário com a ocasião. A parte mais importante da comunicação se chama ouvinte, ou seja, aquela pessoa que esta ali te prestigiando. Fazer esse diagnostico é condição essencial para que você não cometa o erro de entrar em detalhes sobre determinado tema diante de um público leigo e tampouco que fale de forma leviana para um público de especialistas.

Nessa mesma linha é importante saber a faixa etária do seu público, se você falará para crianças, jovens, adolescentes, adulto ou idoso. Lembre-se de que o público idoso é conservador, não gosta de brincadeirinhas. Já o público jovem gosta do novo, se envolve com tecnologia, com aquilo que está por vir e as crianças são levadas pela emoção, por brincadeiras. A palavra de ordem sobre estes aspectos é organização. Prepare-se. Tenha consciência de que uma boa apresentação não nasce da noite por dia, é necessário planejamento, dedicação e treino. Em outras palavras: ninguém vira um bom comunicador, um palestrante ou um orador da noite para o dia.

A ciência já demonstrou que para você adquirir habilidade como dançar, tocar instrumento ou aprender uma nova língua é necessário tempo, treino e dedicação e com a oratória não é diferente.

Se o cumprimento deve ser planejado, organizado e treinado "quase que decorado mesmo", o mesmo se aplica no segundo momento , ou seja, na hora de quebrar resistências, de criar uma boa impressão. Você já deve ter percebido que no começo as pessoas estão armadas, fechadas, ressabiadas. É aqui que nós devemos investir em palavras de impacto e utilizar a técnica para despoliciar o ouvinte. Caso contrário a apresentação não será robusta, perderá em consistência e muito prevalente não gerará resultado.

É necessário internalizar que oratória é resultado e para termos resultado não se pode negligenciar etapas sob pena de se perder o contexto. Não raro as pessoas dizem o nome é já vai direito ao assunto. Esta não é a forma ideal. É necessário primeiramente encantar seu ouvinte.

Para criar empatia com o seu público não basta palvras é necessário trazer emoção para a fala. Lembre-se de que o segredo não está apenas no que você fala, mas na forma e maneira, no ritmo e entonação, ou seja, no tempo da fala.

Se você falar rápido demais irá transparecer que você está nervoso ou que quer se desincumbir logo daquela tarefa e pior se corre o risco de não deixar a fala ser produzida e por consequência aparecer os vícios na linguagem "é, né, tá, tipo assim, entende, perceber, ééééé, aaahhh", entre outros.

De outro lado falar muito devagar pode transmitir insegurança, isso pode ser percebido quando as outras pessoas começarem á terminar as sentenças por você. Evite falar monotonamente. Use dinâmicas. Seu tom de voz deve subir e baixar. Fale baixo e alto, à fim de dar mais ênfase à certas palavras. Uma boa ideia é observar o apresentador de seu telejornal local, aprenda com ele.

Na fala usamos frase curtas e uma pausa entre elas, como você mentalizasse "mil e um, mil e dois" e quando você voltar a falar você pode aumentar o tom da voz, ou seja, fale baixo e alto, à fim de dar mais ênfase à certas palavras. Uma boa ideia é observar o apresentador de seu telejornal local, aprenda com ele.

As pessoas querem não só informação, mas também emoção. Informação por informação a pessoa compra um livro ou pesquisa na internet. Somos nós os responsáveis por dar vida a nossa apresentação. Comece a observar a linguagem corporal dos apresentadores de TV, de vendedores e oradores. Permita-se a reproduzir gestos e a teatralizar situações.

Já colocamos esta teoria em prática com nossos alunos e fomos à campo. Combinado previamente a intonação da voz e a gesticulação, mas mantemos o conteúdo. De fato contatamos que procede os dados estatísticos. Os alunos que utilizaram o sorriso, o cumprimento verdadeiros, o envolvimento com o ouvinte, o tratamento pelo nome, a doação de seu ouvido entre outros aspectos conseguiram gerar um espelhamento e resultados 95% superior ao outro grupo.

Saiba qual é o tempo ideal da fala. Utilize pausas. Dê um colorido especial a sua fala. Lembre-se de que a intonação e o timbre da sua voz é responsável por 35% da sua comunicação. 7% é o conteúdo e 58% são os seus gestos. Daí porque muita gente não obtêm resultado já que o segredo não está no que se fala, mas na forma e na maneira.

Muita gente não consegue progredir, prosperar porque falha ao transmitir a informação. Ainda que o conteúdo seja de excelente qualidade não é fator decisivo ou determinante para se obter resultado. Lembre-se de que o segredo não está no que se fala, mas na forma como se fala.

Fale com clareza. Não murmure nem enrole as palavras. Se as pessoas vivem dizendo “hein?”, você está enrolando as palavras. Use uma altura de voz que seja apropriada ao local que você se encontra, fale mais baixo e “macio” quando você está próximo de seu interlocutor e o ambiente é silencioso, entretanto, vozes que parecem estar choramingando não indicam nenhum tipo de autoridade. Na realidade, vozes macias demais podem te fazer parecer uma presa fácil. Fale mais alto e impositivamente quando estiver falando para um grande número de pessoas.

Trabalhado todos eses aspectos vamos ao que o orador pode fazer para querar a resistência do ouvinte que criar um espelhamento com o seu público.

  • Benefícios da apresentação
  • Informe as etapas
  • Frases de impacto
  • Levante um problema, reflexão
  • Fale do passado
  • Conte uma história

Na aula seguinte iremos tratar de cada um desses tópicos para que fique estampado como podemos nos valer desses mecanismos para prender a atenção do nosso ouvinte.

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